Segurança Cibernética em Dispositivos Móveis e IoT

Segurança cibernética em dispositivos Móveis e IoT

A era digital trouxe uma verdadeira revolução na conectividade do mundo. Dispositivos móveis e a Internet das Coisas (IoT) estão cada vez mais presentes em nossas rotinas, integrando nossos lares, locais de trabalho e cidades. No entanto, essa conectividade ampliada também abriu novas portas para o cibercrime, visto que, à medida que o número de dispositivos conectados aumenta, a superfície de ataque disponível para criminosos também se expande. De acordo com dados da ABINC, o número total de dispositivos móveis conectados no mundo em 2023 foi estimado em cerca de 41,76 bilhões, impulsionado principalmente pela crescente adoção de dispositivos de Internet das Coisas (IoT) e pelo avanço da conectividade proporcionada pela chegada do 5G.​ Por isso, a segurança cibernética em dispositivos móveis e IoT é essencial para as  empresas.

Nos últimos anos, observamos um aumento significativo nos ataques cibernéticos direcionados a dispositivos móveis e IoT, tornando-se uma preocupação crescente para empresas e governos. De acordo com Relatório de Ameaças Cibernéticas de Meio de Ano de 2024 da SonicWall, o malware em dispositivos IoT aumentou 107% no primeiro semestre de 2024, esses dispositivos passaram, em média, 52,8 horas sob ataque​. À medida que novas tecnologias são lançadas, surgem também novas vulnerabilidades que podem ser exploradas pelos criminosos. Assim, proteger  essas redes e dispositivos se torna  uma corrida contra o tempo para garantir a integridade dos dados e a segurança dos sistemas.

Neste cenário, é fundamental que as empresas invistam no fortalecimento de sua infraestrutura digital, protegendo seus dispositivos e suas redes. Ou seja, a proteção contra ameaças baseadas em DNS, é essencial para combater ataques cibernéticos que podem comprometer infraestruturas críticas e interromper serviços.

A explosão da IoT e a nova fronteira do cibercrime

Assim, a expansão da IoT (Internet das Coisas) tem sido exponencial. De acordo com a Juniper Research, estima-se que a base mundial de dispositivos de IoT conectados às redes móveis vá crescer 90% nos próximos quatro anos, saltando de 3,4 bilhões para 6,5 bilhões até 2028. Essa explosão de conectividade eleva a segurança cibernética em dispositivos móveis e IoT a um novo nível de desafios, pois cada dispositivo conectado representa uma potencial porta de entrada para criminosos cibernéticos.

Um dos maiores desafios da IoT é a falta de uniformidade e padronização na segurança. Os dispositivos de diferentes fabricantes são frequentemente desenvolvidos com pouca atenção às estratégias de segurança, utilizando tecnologias de criptografia desatualizadas e credenciais padrão. Essas características os tornam alvos fáceis para criminosos que buscam explorar as vulnerabilidades.

Além disso, a enorme diversidade de dispositivos IoT disponíveis contribui para a complexidade da estratégia de segurança, uma vez que cada fabricante adota soluções proprietárias e não compatíveis entre si. Essa falta de padronização dificulta a implementação de medidas de proteção em larga escala, deixando muitas redes expostas a ataques cibernéticos. 

Desafios de segurança na IoT: falta de padronização e escalabilidade

A segurança dos dispositivos IoT enfrenta desafios significativos devido à ausência de padronização. A ampla variedade de fabricantes e modelos leva a diferentes níveis de proteção, muitas vezes inadequados e desatualizados. Dispositivos costumam empregar criptografia ultrapassada e credenciais padrão, tornando-os alvos vulneráveis a ataques cibernéticos. A falta de um padrão uniforme dificulta a aplicação de medidas de segurança eficazes de forma abrangente, já que não há uma abordagem única que possa ser adotada por todos os dispositivos.

Além disso, a escalabilidade das soluções de segurança é uma preocupação crescente. À medida que o número de dispositivos conectados cresce rapidamente, torna-se cada vez mais complexo gerenciar e proteger cada um deles. Muitos dispositivos antigos continuam operando sem atualizações de segurança, e a infraestrutura existente pode não suportar a quantidade de dados gerados. Sem uma estratégia eficaz para monitorar e atualizar continuamente esses dispositivos, as redes IoT permanecem suscetíveis a ataques que podem comprometer a integridade de sistemas críticos e expor informações sensíveis.

Além disso, a utilização da IoT ampliou também o espectro de superfície de ataque. Os criminosos, que antes focavam em computadores corporativos, agora também podem acessar câmeras de segurança, refrigeradores inteligentes e termostatos controlados por IoT. Devido a esses fatores, a segurança desses dispositivos não pode ser negligenciada, tornando a proteção das redes que interligam uma prioridade.

Conectividade em massa: os desafios da segurança em larga escala

Com bilhões de dispositivos conectados globalmente, garantir a segurança desses dispositivos móveis e IoT tornou-se um grande desafio. A conectividade em larga escala também aumenta a complexidade das ferramentas de segurança, uma vez que cada dispositivo introduz novas vulnerabilidades que precisam ser gerenciadas.

As redes IoT conectam diferentes dispositivos, desde sensores em fábricas até sistemas de monitoramento de saúde. Cada dispositivo conectado pode enfraquecer a segurança da rede como um todo. Além disso, diversos dispositivos IoT possuem recursos limitados de memória e processamento, prejudicando a implementação de medidas de segurança mais robustas.

Outra preocupação está relacionada ao monitoramento e gestão desses dispositivos em grande escala. Com o aumento no uso dessas ferramentas, as organizações têm dificuldades para acompanhar os recursos e monitorar atividades adequadamente. Essa falta de controle cria brechas que podem ser exploradas pelos invasores, sendo necessário fortalecer a segurança da rede através da proteção DNS, por exemplo.

Setores críticos na mira: os impactos de ataques em saúde e outros

De acordo com o Relatório de Violação Cibernética de Dados de Saúde de 2023 realizado pela Critical Insight, embora o ano esteja mostrando uma tendência de redução nas violações, o número de registros individuais de saúde comprometidos atingiu o nível mais alto de todos os tempos, em apenas seis meses. O relatório, baseado em uma análise de violações de dados relatadas por organizações de saúde dos Estados Unidos, as vulnerabilidades dessas instituições caíram 15% nos primeiros seis meses de 2023. Entretanto, houve um aumento de 31% na quantidade de registros individuais comprometidos, impactando 40 milhões de pessoas.

Em 2021, ataques de ransomware comprometeu hospitais na Europa e nos Estados Unidos, resultando na interrupção dos serviços essenciais e no desvio de dados sensíveis. A vulnerabilidade dos dispositivos médicos conectados à IoT, como bombas de insulina e monitores de batimento cardíaco, representa um risco direto à vida, uma vez que essas ferramentas podem ser manipuladas remotamente pelos invasores.

A vulnerabilidade do setor de energia

Da mesma forma, o setor de energia também enfrenta grandes riscos. Um exemplo significativo foi o ataque à rede elétrica da Ucrânia em 2015, que resultou na queda de energia para mais de 200 mil pessoas.

De acordo com o relatório X-Force da IBM realizado em 2023, o setor de energia ocupa a terceira posição dos setores mais visados para ataques cibernéticos. O setor de energia se mantém particularmente vulnerável a tais ameaças, trazendo impacto à sua infraestrutura crítica devido à complexidade das ferramentas e sistemas utilizados no setor.

Esses incidentes ressaltam a importância de investir em segurança robusta, com maior foco em proteger dispositivos conectados e as redes que os suportam.

Varejo e comercio eletronico na mira

Empresas de comércio eletrônico e varejo enfrentam grandes desafios de segurança cibernética devido ao grande volume diário de transações e dados pessoais. Informações de clientes, como dados de cartões de crédito, endereços e históricos de compra, são extremamente valiosas para cibercriminosos. Ataques como o phishing, malware e roubo de identidade são comuns nesse setor, pois as plataformas frequentemente lidam com grandes volumes de dados sensíveis que podem ser monetizados. Além disso, brechas de segurança em sites ou sistemas de pagamento podem causar fraudes financeiras em larga escala, afetando empresas e consumidores.

Outra vulnerabilidade crítica no comércio eletrônico e no varejo é a dependência de terceiros, como provedores de pagamento, plataformas de entrega e serviços de hospedagem. Quando essas empresas terceirizadas não possuem medidas de segurança robustas, acabam abrindo portas para invasões que podem afetar toda a cadeia de serviços. Isso, combinado com a crescente demanda por conveniência e rapidez nas compras online, muitas vezes leva a falhas de segurança em processos acelerados.

A implementação de tecnologias como a autenticação multifator e a criptografia de ponta a ponta são algumas das soluções que podem mitigar esses riscos, mas muitas empresas ainda não adotaram essas práticas de maneira consistente.

O desafio da privacidade nos dispositivos e IoT

A crescente adoção dos dispositivos móveis e IoT fez com que a privacidade dos dados se tornasse um dos maiores desafios para as empresas. Dispositivos conectados coletam uma enorme quantidade de informações sensíveis, que, quando mal protegidas, podem cair nas mãos de criminosos.

Configurações inadequadas e falta de atualizações de software tornam esses dispositivos vulneráveis, permitindo que criminosos acessem redes corporativas, coletem dados ou violem a privacidade dos usuários.

A mitigação desses riscos envolve um investimento em soluções de criptografia de ponta, monitoramento e autenticação forte. O Firewall DNS também desempenha um papel crucial, ajudando a bloquear acessos não autorizados e prevenindo que dados sejam interceptados ou transmitidos para servidores maliciosos. A proteção da privacidade dos dados em dispositivos móveis e IoT requer uma abordagem integrada, combinando tecnologias de segurança com políticas de privacidade mais rigorosas.

Criptografia de ponta

A criptografia de ponta a ponta (E2EE) é uma estratégia de segurança que assegura que somente o remetente e o destinatário possam acessar os dados, tornando impossível que terceiros interceptem a informação. Nesse processo, as mensagens ou dados são criptografados no ponto de origem e só são descriptografados no ponto de destino, garantindo que qualquer usuário intermediário, mesmo que tenha acesso ao conteúdo, não consiga lê-lo. Essa tecnologia pode ser observada nos aplicativos de mensagens e plataformas de comunicação, que utilizam esse método para aumentar a privacidade das interações.

Esse tipo de criptografia é vital não só para proteger a privacidade, mas também para garantir a integridade das informações transmitidas. Assim, qualquer tentativa de interceptação das informações será imediatamente detectada. Em um ambiente digital cada vez mais conectado, a criptografia de ponta a ponta se torna uma das principais defesas contra ciberataques.

Monitoramento

O monitoramento de sistemas acompanha atividades em redes, servidores, aplicativos e dispositivos para garantir segurança, desempenho e conformidade. Ao detectar e relatar em tempo real qualquer atividade anômala ou potencial ameaça, o monitoramento permite respostas rápidas a problemas, evitando danos maiores, como a interrupção de serviços ou o comprometimento de dados.

No campo da segurança cibernética, o monitoramento contínuo é crucial para detectar ataques em estágios iniciais e previnir danos maiores. Além disso, o monitoramento não se limita apenas à segurança; ele também garante que sistemas e redes estejam funcionando com eficiência. Adicionalmente, essa prática é crucial para que as organizações consigam atender aos requisitos de conformidade com regulamentações de segurança, como a ISO 27001, a GDPR e a LGPD.

Autenticação forte

Autenticação forte, também conhecida como autenticação multifator (MFA), refere-se ao uso de mais de um método para verificar a identidade de um usuário antes de permitir o acesso a sistemas ou informações. Isso geralmente combina algo que o usuário sabe (senha ou PIN), algo que o usuário possui (um dispositivo como token ou celular) e algo inerente ao usuário (biometria, como impressões digitais ou reconhecimento facial). 

Atualmente, a autenticação forte é essencial para setores que lidam com informações sensíveis, como bancos e empresas de tecnologia. Ela melhora a proteção contra invasões e vulnerabilidades em um cenário de ameaças cibernéticas em constante evolução. 

Ataques sofisticados: deepfakes e phishing ameaçam empresas críticas

O avanço da tecnologia fez com que os ataques cibernéticos se tornassem cada vez mais sofisticados, utilizando táticas mais complexas para enganar usuários e empresas. Deepfakes e phishing são exemplos notórios dessa evolução.

Deepfakes são vídeos, áudios ou imagens criados por meio de inteligência artificial (IA), que manipulam ou substituem o rosto ou a voz de uma pessoa de forma realista, conseguindo enganar o público, fazendo parecer que uma pessoa ou personalidade disse ou fez algo que, na realidade, não aconteceu. Já o phishing é uma prática fraudulenta onde um cibercriminoso tenta enganar um usuário para obter dados sensíveis, como senhas, números de cartão de crédito ou dados pessoais. 

A mitigação desses riscos pode ser realizada através de soluções robustas e de múltiplas camadas. Além de conscientizar e treinar os colaboradores, você pode explorar tecnologias avançadas de detecção de fraudes e autenticação biométrica como respostas eficientes.

Engenharia social 2.0: o perigoso phishing por SMS

A engenharia social evoluiu junto com a tecnologia, e agora os ataques de phishing, que sempre foram prejudiciais, também utilizam canais mais sofisticados, como mensagens de texto e ligações. Conhecido como smishing, o ataque de phishing por SMS visa enganar os usuários para que revelem informações confidenciais ou realizem o download de malware em seus dispositivos móveis. Empresas de todos os portes são alvos frequentes, com criminosos se passando por fornecedores ou executivos.

O smishing é particularmente eficaz porque explora a confiança que as pessoas têm nos dispositivos móveis. Muitos usuários acabam acreditando que as mensagens de texto são mais seguras que os e-mails, o que os torna menos vigilantes. Além disso, os dispositivos móveis geralmente têm menos camadas de proteção do que os sistemas convencionais.

Para combater essa ameaça, é necessário que as organizações invistam em soluções de segurança que vão além dos tradicionais. O firewall DNS, por exemplo, pode bloquear links maliciosos e impedir o redirecionamento para sites falsos, protegendo dispositivos móveis e o IoT de ameaças.

Deepfakes: a nova face do crime cibernético e seus impactos reais

O deepfake é uma técnica de manipulação de mídia que utiliza inteligência artificial (IA) para desenvolver vídeos, imagens ou áudios falsos de maneira muito realista. Eles representam uma ameaça crescente no cenário da cibersegurança. Com a ajuda da inteligência artificial, é possível criar vídeos e áudios extremamente realistas, utilizando a voz de figuras públicas ou executivos da empresa. Criminosos têm usado essas falsificações para fraudar empresas, extorquir e manipular a opinião pública.

É importante lembrar que o impacto dos deepfakes vai muito além dos danos financeiros. Eles têm o potencial de comprometer a confiança nas informações que circulam no ambiente digital, criando um ambiente de caos e desinformação. Criminosos podem usar deepfakes para simular conversas entre executivos e fazer com que empresas realizem transações fraudulentas.

Para enfrentar esse desafio, as empresas devem adotar uma abordagem que combine tecnologia e conscientização. Utilizar ferramentas de verificação de autenticidade, oferecer treinamento contínuo e proteção do DNS para prevenir o acesso a sites de phishing e deepfakes são essenciais para proteger a integridade das comunicações e a segurança dos dados.

O papel da Firewall DNS e estratégias de defesa

Como vimos, a segurança em dispositivos móveis e IoT apresenta desafios únicos e complexos. No entanto, uma abordagem abrangente, combinando segurança cibernética robusta e proteção do DNS, pode reduzir significativamente os riscos. 

A proteção DNS é fundamental para bloquear o acesso a sites maliciosos e impedir que dados sejam transmitidos para servidores comprometidos. Elas são uma defesa crucial contra diversas ameaças cibernéticas, garantindo a segurança de redes e dispositivos conectados.

Além disso, a implementação de boas práticas de segurança, como a utilização de criptografia, autenticação forte e atualizações regulares de software, pode ajudar a mitigar muitos dos riscos associados aos dispositivos móveis e IoT.

Segurança cibernética em dispositivos móveis e IoT

Diante de todas as preocupações relacionadas a proteção dessas ferramentas, a segurança cibernética em dispositivos móveis e na Internet das Coisas (IoT) tem se tornado uma preocupação crescente à medida que o número de dispositivos conectados à internet aumenta. Com a grande expansão do uso de smartphones e dispositivos inteligentes em empresas, as vulnerabilidades também se multiplicam. 

A falta de padrões de segurança consistentes para muitos dispositivos IoT também piora consideravelmente a situação. A falta de atualizações de software e correções de vulnerabilidades deixa uma grande quantidade de dispositivos expostos a ataques cibernéticos. Além da utilização de ferramentas de segurança mais inteligentes, a conscientização dos usuários sobre riscos e boas práticas de cibersegurança é crucial, ajudando a reduzir o impacto das ameaças crescentes nessa realidade cada vez mais conectada.

Assim, investir em tecnologias avançadas e manter uma postura proativa em relação à segurança cibernética é fundamental para proteger dados e garantir a integridade das operações empresariais. Com a evolução constante das ameaças cibernéticas, as empresas devem manter vigilância e adotar estratégias eficazes para proteger suas redes e dispositivos.

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