Durante o período de férias, muitas empresas costumam reduzir as suas operações, o que pode acabar gerando uma falsa sensação de segurança. A redução de operações e atenção cria um ambiente favorável para cibercriminosos, que aproveitam a menor vigilância para intensificar suas atividades. Contudo, eles veem nessas ocasiões uma oportunidade para intensificar suas atividades, sabendo que as equipes responsáveis pelo monitoramento estão reduzidas ou com menos atenção.
A Cybersecurity and Infrastructure Security Agency (CISA) incentiva os usuários a ficarem cientes de possíveis golpes durante as festas e feriados. É justamente nessa fase que as empresas precisam se manter mais vigilantes. A redução de equipes e o aumento do trabalho remoto favorecem a exploração de vulnerabilidades por invasores. A falta de preparo e atenção compromete rapidamente a segurança cibernética de uma empresa.
Nesse sentido, manter uma segurança robusta é importante para proteger os dados empresariais, os ativos mais valiosos e os principais alvos de ataques cibernéticos. Dados comprometidos podem gerar prejuízos financeiros e danos irreparáveis à imagem e à confiança dos clientes.
Nesse artigo, vamos explorar os principais riscos enfrentados pelas empresas durante as férias, além de sugerir medidas proativas para prevenção de ataques. É importante lembrar que a segurança digital não tira folga, e garantir a continuidade das operações é importante para preservar os ativos empresariais e a confiança dos clientes.
Por que as férias são um período crítico para os ataques cibernéticos?
O período de férias apresenta diversos fatores que aumentam a vulnerabilidade das organizações. Primeiramente, um dos principais motivos é a redução das equipes sobre os sistemas corporativos. Além disso, com o monitoramento reduzido, ameaças podem passar despercebidas, permitindo que invasores explorem brechas que poderiam ser rapidamente identificadas em condições habituais.
Outro fator que torna as férias um momento mais propício para os ataques cibernéticos é, além disso, o uso de dispositivos pessoais pelos colaboradores. Muitos funcionários aproveitam o período para trabalhar de forma remota, acessando os sistemas a partir de redes e dispositivos pessoais, os quais, frequentemente, não possuem o mesmo nível de segurança das redes empresariais.
Além disso, o aumento de transações online durante as férias, principalmente no varejo, oferece mais oportunidades para ataques de phishing e fraudes. Segundo dados da Salesforce, os consumidores desembolsaram aproximadamente $1,2 trilhões em compras online, o que representa um crescimento de 3% em comparação com o ano anterior. Esse aumento reflete a mudança nos hábitos de consumo, com mais pessoas optando pela internet para fazer suas compras.
Os cibercriminosos aproveitam o volume elevado de atividades financeiras para mascarar suas ações, enviando e-mails fraudulentos direcionados tanto a consumidores quanto a funcionários da empresa.
A vulnerabilidade das empresas em período de férias
Durante o período de férias, os cibercriminosos intensificam suas atividades maliciosas, aproveitando as vulnerabilidades presentes nas redes e dispositivos das empresas. Como dissemos anteriormente, com as equipes reduzidas, os sistemas ficam mais vulneráveis e há menos monitoramento contínuo. Consequentemente, esse cenário oferece oportunidades para ataques como ransomware, phishing e outras ameaças digitais.
86% das vítimas de ransomware foram atacadas em fins de semana ou feriados, quando as defesas se encontram mais fracas, de acordo com dados da Semperis. Esse dado mostra como os criminosos aproveitam as falhas de segurança e a redução do monitoramento durante essas épocas.
Além das estatísticas, existem casos reais de empresas que sofreram ataques devastadores durante o período de férias, resultando em perdas financeiras substanciais e danos à sua reputação. Por exemplo, o Target, uma das maiores redes de varejo dos Estados Unidos, sofreu um ataque cibernético entre os dias 27 de novembro até 15 de dezembro de 2013, que resultou no roubo de dados de mais de 40 milhões de cartões de crédito. As investigações iniciais revelaram que um fornecedor de serviços de manutenção de ar-condicionado utilizou acesso remoto, possibilitando o ataque.
Esses ataques mostram que os criminosos escolhem datas estratégicas, quando as empresas estão menos preparadas para incidentes. Assim, eles exploram as vulnerabilidades geradas pela redução de equipes e pela falta de monitoramento contínuo.
Por esta razão, é importante que as empresas se preparem para lidar com esses ataques, mesmo durante o período de menor atividade. Contar com um plano de contingência, manter as defesas atualizadas e garantir a vigilância contínua são práticas fundamentais para evitar esses problemas e os prejuízos irreparáveis que eles acarretam.
Equipes reduzidas e falta de monitoramento
Durante as férias, muitas empresas acabam operando com equipes reduzidas, impactando diretamente na capacidade de monitoramento e resposta a ameaças cibernéticas. Consequentemente, a menor disponibilidade de pessoal de TI e segurança limita a vigilância e cria vulnerabilidade que os atacantes podem explorar.
A redução da equipe é um dos fatores que os cibercriminosos utilizam para lançar ataques mais sofisticados, que muitas vezes não são detectados de forma rápida. Como resultado, o tempo de resposta mais prolongado pode resultar em maiores danos à infraestrutura, aumentando o tempo de inatividade e causando prejuízos ainda maiores.
A falta de monitoramento proativo durante esses períodos é outra questão muito crítica. Além disso, sem o pessoal necessário para revisar logs de segurança, realizar análises de tráfego e investigar alertas de segurança, muitos sinais de invasão acabam sendo ignorados ou tratados com atraso, permitindo que os hackers permaneçam nas redes por mais tempo.
Nesse sentido, mesmo que a equipe opere com menos funcionários, é necessário que o monitoramento do sistema não seja negligenciado. Da mesma forma, soluções automatizadas de monitoramento e alertas, juntamente com um plano de resposta a incidentes, podem ajudar a mitigar os riscos durante as férias e garantir a continuidade da segurança cibernética.
Uso de dispositivos pessoais inseguros
O uso de dispositivos pessoais por colaboradores durante as férias pode representar um grande risco para a segurança cibernética da empresa. Sem os controles de segurança necessários aplicados aos dispositivos pessoais, as informações corporativas podem ser comprometidas, especialmente se os colaboradores acessam redes não seguras ou utilizam dispositivos sem proteção. Portanto, é fundamental que as empresas adotem políticas rigorosas de segurança para mitigar esses riscos.
Muitas vezes, esses dispositivos pessoais não possuem as atualizações de segurança ou antivírus instalados, facilitando o acesso de usuários não autorizados. Além disso, as redes domésticas e públicas utilizadas para acessar os sistemas corporativos podem ser vulneráveis a ataques de interceptação de dados, colocando as informações da empresa em risco.
Além disso, é importante mencionar o processo de acesso remoto aos sistemas corporativos por meio de sistemas não monitorados, o que é uma grande vulnerabilidade. Consequentemente, a ausência de políticas claras de segurança para o trabalho remoto, como o uso obrigatório de VPN e autenticação multifatorial, faz com que os colaboradores exponham a rede corporativa a ataques de cibercriminosos que exploram essas falhas.
Por esse motivo, é fundamental que as empresas adotem políticas rigorosas de segurança para o uso de dispositivos pessoais, como fornecimento de softwares de segurança e orientações claras sobre o acesso aos sistemas corporativos. Dessa forma, é possível combater os riscos e proteger as informações da empresa, mesmo durante a execução de trabalho remoto.
Aumento de transações digitais e promoções falsas
Outro fator muito importante a ser mencionado é o aumento significativo nas transações digitais que acontecem durante as férias. Esse aumento no volume de transações cria um cenário favorável para fraudes e ataques de phishing, já que muitos consumidores e empresas estão focados em ofertas e promoções tentadoras e podem deixar a segurança em segundo plano. Além disso, desde outubro, golpistas têm criado mais de 1.000 páginas fraudulentas, conforme levantamento da consultoria de cibersegurança Redbelt Security.
Os cibercriminosos costumam se aproveitar desse aumento repentino nas atividades online para lançar ataques mais massivos, utilizando meios fraudulentos, como sites falsos que imitam serviços e lojas legítimas. Como resultado, essas campanhas são projetadas para enganar até mesmo os usuários mais experientes, induzindo-os a fornecer informações pessoais ou dados corporativos.
Além das perdas financeiras, muitas empresas se tornam alvo de ataques devido ao aumento do tráfego em seus sistemas. Nesse contexto, as promoções sazonais acabam gerando picos de acesso que, quando explorados, podem ser utilizados para lançar ataques de negação de serviço e sobrecarregar os servidores.
A equipe de pesquisa da ESET apresentou uma pesquisa detalhada das ameaças digitais registradas entre junho e novembro de 2024, revelando um aumento de 20% das ameaças digitais direcionadas ao sistema operacional Android, focadas tanto a aplicativos bancários quanto a carteiras de criptomoedas.
Portanto, é fundamental que as empresas estejam preparadas para lidar com o aumento das transações digitais, implementando soluções de segurança robustas e educando seus colaboradores e clientes sobre os riscos de promoções falsas e ataques cibernéticos. Além disso, uma abordagem proativa pode evitar que o período de férias se torne um período de vulnerabilidade para a organização.
Principais ameaças e benefícios em períodos de férias
Durante o período de férias, as empresas enfrentam diversas ameaças digitais, sendo o phishing uma das mais comuns. Esses ataques consistem no envio de e-mails ou mensagens falsas, disfarçadas de fontes confiáveis, para enganar o usuário e roubar informações confidenciais.
Outra ameaça bastante comum durante esse período são os ataques de ransomware, onde os invasores bloqueiam o acesso a dados valiosos da empresa e exigem o pagamento de resgate para restaurá-los. Além disso, esse tipo de ataque pode ser devastador, principalmente quando as equipes de TI não conseguem apresentar uma resposta rápida a incidentes de segurança.
O acesso não autorizado é uma preocupação crescente, especialmente com o aumento do trabalho remoto nesse período. Além disso, colaboradores que acessam sistemas corporativos por meio de redes inseguras podem expor as informações da empresa a cibercriminosos, que exploram essas vulnerabilidades para acessar dados confidenciais.
Outras técnicas, como ataques DDoS e malware sazonal, também representam riscos significativos para as empresas. Além do mais, essas ameaças são direcionadas para sobrecarregar os sistemas ou infectar dispositivos com programas maliciosos, prejudicando as operações e causando prejuízos financeiros.
Phishing: O golpe que engana até os mais atentos
Os ataques de phishing são uma das formas mais comuns de ataque cibernético durante as férias. Nesse contexto, essa abordagem geralmente envolve e-mails que parecem legítimos, mas são desenvolvidos para enganar os destinatários, fazendo com que forneçam informações confidenciais, como credenciais de acesso ou detalhes bancários.
Os cibercriminosos estão intensificando suas atividades durante o período de férias, conforme alerta da Check Point Research. A organização detectou o aumento de novos domínios maliciosos vinculados às férias de verão. Em maio de 2023, mês que antecede o início do horário de verão, foram registrados 29.880 novos domínios relacionados a férias ou folgas – um crescimento de 23% em comparação ao mesmo período de 2022, quando foram criados 24.367 domínios. Entre os sites ativados, especialistas classificaram um em cada 83 como malicioso ou suspeito.
O que torna o phishing uma ameaça tão perigosa é sua capacidade de se passar por fontes confiáveis. Isso ocorre porque durante as férias, quando as pessoas estão focadas em compras ou no fechamento de tarefas antes de viajar, a atenção aos detalhes pode diminuir, fazendo com que se tornem alvos mais suscetíveis.
A sua evolução constante é um aspecto preocupante no phishing. De fato, os cibercriminosos estão utilizando técnicas cada vez mais sofisticadas, como personalização de mensagens e engenharia social, para aumentar as chances de sucesso da abordagem. Além disso, as campanhas de phishing em massa direcionadas tanto aos consumidores quanto às empresas tendem a crescer em volume durante o período de férias.
Como se proteger contra phishing
Para reduzir os riscos dessa abordagem, as empresas precisam investir em conscientização e treinamento para os colaboradores, a fim de garantir que eles saibam identificar e evitar esses golpes. Portanto, é essencial que as empresas reforcem as suas defesas contra phishing, principalmente durante o período de maior vulnerabilidade. Somente assim, combinando tecnologia de ponta com práticas de conscientização permite a redução significativa dos riscos e protege os dados corporativos contra esse tipo de ameaça.
Para se proteger contra phishing, é necessário verificar os remetentes, confrotando o endereço de e-mail do remetente para garantir a legitimidade da informação. Além disso, é importante evitar clicar em links suspeitos, preferencialmente passando o cursor sobre os links para visualizar o URL antes de clicar. Por fim, a utilização de filtros de segurança é fundamental, pois permite a detecção e bloqueio de tentativas de phishing antes que elas tenham êxito.
Ransomware: Bloqueio de dados durante as férias
O ransomware representa uma ameaça crescente durante as férias, com ataques direcionados às empresas que operam com equipes reduzidas e menor capacidade de resposta. Esse tipo de ataque consiste no sequestro de dados, que são criptografados, exigindo o pagamento de resgate para restaurar o acesso. Afinal, a lentidão na identificação e na resposta a incidentes durante as férias pode agravar os danos, causando interrupções mais prolongadas e impactando as operações empresariais.
De acordo com um relatório da Rapid7, foram contabilizados mais de 2.500 ataques de ransomware somente na primeira metade de 2024, o que representa uma média de quase 15 ataques reivindicados publicamente por dia.
Os cibercriminosos aproveitam o número reduzido de colaboradores para explorar vulnerabilidades, lançando ataques em momentos estratégicos, como fins de semana, feriados e períodos de férias. Dessa forma, o ransomware pode se propagar sem interrupções, resultando em danos significativos antes que ele possa ser detectado e mitigado.
Exemplos recentes mostram como empresas de diversos setores foram severamente impactadas por ataques de ransomware durante o período de férias. Um exemplo disso ocorreu em novembro de 2020, quando a Capcom, renomada empresa japonesa responsável por jogos como Street Fighter e Resident Evil, foi alvo de um ataque do ransomware Ragnar Locker. O ataque criptografou e destruiu informações armazenadas em seus servidores.
Estima-se que os dados comprometidos incluíam informações de cerca de 350 mil pessoas, abrangendo clientes, funcionários e parceiros empresariais no Japão e nos Estados Unidos. A suspeita de um ciberataque surgiu no dia 2 de novembro, após uma série de falhas nos sistemas da empresa.
Medidas preventivas contra ransomware
Para prevenir ataques desse tipo, as empresas precisam adotar uma abordagem proativa, como a realização de backups regulares, atualização frequente de software e conscientização da equipe sobre as melhores práticas de segurança. Além disso, é necessário implementar ferramentas de detecção e resposta rápida para reduzir o tempo de inatividade e minimizar os impactos financeiros e operacionais da intervenção.
A atualização frequente de softwares e sistemas ajuda a garantir que todos os aplicativos utilizados estejam atualizados com os patches de segurança mais recentes, evitando a incidência de ataques cibernéticos. Ademais, capacite sua equipe para reconhecer e evitar ameaças de ransomware, ajudando sua empresa a se manter protegida.
Acesso não autorizado: Redes desprotegidas em risco
Durante as férias, o acesso não autorizado às redes corporativas se torna um dos maiores riscos de segurança. Esse risco ocorre quando invasores conseguem acessar sistemas sem permissão, explorando vulnerabilidades como senhas fracas ou, além disso, redes Wi-Fi inseguras utilizadas pelos funcionários em trabalho remoto.
A utilização de dispositivos públicos fora do ambiente corporativo é uma das principais portas de entrada para acessos não autorizados. Além do mais, criminosos aproveitam essas vulnerabilidades para obter acesso ao sistema sem a autorização da empresa.
A ausência de autenticação multifatorial é outro ponto crítico para as empresas, já que essa estratégia poderia dificultar significativamente o sucesso de abordagens maliciosas. Consequentemente, a autenticação multifatorial adiciona uma camada extra de proteção ao exigir validação de identidade em dois ou mais fatores, como senha e códigos enviados ao celular do usuário.
Como evitar acessos não autorizados
Para evitar acessos não autorizados, é necessário que a empresa invista em soluções como redes virtuais privadas (VPNs) para estabelecer conexões seguras e autenticação robusta. Além disso, o monitoramento contínuo das redes ajuda a detectar atividades suspeitas e implementar abordagens de resolução mais rapidamente, minimizando os danos.
A implementação de uma política de criação de senhas mais robustas é bastante valiosa. Nesse sentindo, é necessário que a empresa estabeleça requisitos para senhas fortes e mudanças periódicas, mantendo a rede cada vez mais protegida.
Outras ameaças: DDoS e malware sazonal
Além do acesso não autorizado, existem outros tipos de ameaças, como os ataques de negação de serviço distribuído (DDoS) e malwares sazonais que aumentam durante as férias. De acordo com relatórios de segurança, os ataques cibernéticos registram um aumento de até 30% durante as festas de fim de ano. Entre as táticas mais frequentes estão o uso de ransomware, ataques DDoS e a exploração de vulnerabilidades já conhecidas. O objetivo desses ataques é, portanto, sobrecarregar os sistemas, explorar vulnerabilidades específicas, comprometer dados e causar interrupções.
Os ataques DDoS, por exemplo, são particularmente prejudiciais para as organizações que dependem de serviços online, como o e-commerce. Além disso, durante o período de férias, quando há um aumento significativo do tráfego de usuários, os cibercriminosos aproveitam para lançar ataques que sobrecarregam servidores e resultam em perda de vendas e insatisfação dos clientes.
Por outro lado, os malwares sazonais são projetados para enganar os usuários com temas típicos, como mensagens de fim de ano e promoções de férias. Além disso, a disseminação de malwares por meio de anexos ou links falsos instala esses programas nos dispositivos e compromete dados pessoais e corporativos.
Em primeiro lugar, a prevenção contra essas ameaças digitais requer a implementação de soluções como firewalls robustos, políticas claras de segurança e sistemas de detecção de intrusões. Além do mais, a conscientização dos colaboradores também desempenha um papel fundamental, permitindo que saibam identificar e evitar essas armadilhas.
Como proteger sua empresa durante as férias?
Conforme podemos observar ao longo deste material, durante as férias, a proteção da empresa contra ameaças digitais exige a adoção de estratégias robustas e proativas. Ademais, o fortalecimento da infraestrutura de TI, combinado com práticas de monitoramento contínuo, são ações que ajudam a garantir a segurança da sua organização.
A seguir, destacamos algumas ações fundamentais para proteger a sua empresa:
Fortalecimento de infraestrutura
Investir em infraestrutura mais robusta é uma das formas mais relevantes de reduzir os riscos cibernéticos durante as férias. Atualizações constantes de sistemas e controle rigoroso de acesso garantem que as operações continuem protegidas, mesmo durante situações adversas.
Quanto mais preparada estiver a sua infraestrutura, mais fácil será lidar com essas ameaças. O monitoramento contínuo é um valioso aliado nesse processo, ajudando a identificar as ameaças digitais antes que elas causem problemas reais para a organização.
Backup regular de dados
A realização de backups regulares e armazenamento seguro é uma prática indispensável para enfrentar ataques como ransomware. Um backup atualizado garante que os dados possam ser restaurados sem depender do pagamento de resgates, protegendo sua empresa das perdas financeiras causadas por essas ameaças.
Além disso, backups automáticos, realizados em intervalos regulares, minimizam o risco de perda de informações, garantindo que sua empresa tenha sempre uma cópia de segurança de todas as informações valiosas.
O armazenamento de backups fora da rede principal, seja através de soluções de nuvem ou dispositivos físicos desconectados, ajuda a criar uma camada extra de proteção contra os ataques. Essa abordagem garante que, mesmo no caso de comprometimento da rede, os dados permaneçam acessíveis.
Atualização de softwares e sistemas
Manter os sistemas operacionais e aplicativos sempre atualizados é fundamental para prevenir a exploração de vulnerabilidades. Os fornecedores lançam patches de segurança regularmente para corrigir brechas que cibercriminosos poderiam usar para acessar redes e sistemas corporativos.
A automatização do processo de atualização é uma maneira eficaz de garantir que nenhum sistema fique desatualizado. Essa prática ajuda a eliminar a dependência de verificações manuais e reduz significativamente a chance de exploração de vulnerabilidades.
Fortalecimento das senhas
A implementação de políticas para senhas fortes e a obrigatoriedade de alterá-las regularmente são medidas básicas, mas altamente eficazes para impedir acessos não autorizados. Senhas longas, que combinam letras, números e caracteres especiais, ajudam a dificultar a ação de ferramentas de quebra de senhas utilizadas por cibercriminosos.
Complementar a segurança com ferramentas de gerenciamento de senhas ajuda a minimizar erros humanos e a evitar o uso de senhas fracas ou repetidas. Soluções corporativas para o armazenamento seguro de credenciais protegem os dados de login e garantem o acesso às senhas dos usuários.
Controle de acesso
A definição dos níveis de acesso com base nas funções dos colaboradores é uma forma eficiente de limitar possíveis danos em caso de comprometimento. Nem todos os funcionários precisam ter acesso irrestrito a todos os sistemas, e a adoção do princípio do menor privilégio ajuda a reduzir significativamente os riscos.
Autenticação multifatorial deve ser incorporada como uma camada extra de segurança, dificultando o acesso aos invasores, mesmo que as credenciais sejam comprometidas.
Monitoramento contínuo
Manter o sistema de monitoramento ativo durante as férias é fundamental para identificar e responder rapidamente a possíveis atividades suspeitas. Soluções de segurança, como alertas em tempo real, ajudam a detectar tentativas de invasão, padrões incomuns no tráfego e acessos não autorizados.
Empresas que não possuem equipes internas disponíveis durante as férias podem considerar a contratação de serviços de monitoramento ou a terceirização do serviço de TI, como o centro de operações de segurança. Esses serviços garantem uma vigilância 24/7, mesmo que a sua empresa tenha uma equipe reduzida.
Capacitação da equipe
Investir na capacitação dos colaboradores é tão importante quanto a implementação de ferramentas tecnológicas. Quanto mais preparados estiverem seus funcionários, mais fácil será identificar tentativas de phishing, malware e outros tipos de ataque.
Para isso, a organização precisa desenvolver um plano de capacitação específico, que leve em consideração as principais ameaças digitais da atualidade e as necessidades da empresa. Dessa forma, os funcionários poderão se preparar para identificar ameaças e evitar a criação de pontos de vulnerabilidade que podem ser exploradas pelos cibercriminosos.
Boas práticas para os colaboradores
Além de educar seus funcionários sobre os riscos associados ao uso de redes públicas, dispositivos pessoais e compartilhamento de informações sensíveis, é necessário que eles compreendam a necessidade de criar senhas mais robustas e adotem uma postura preventiva com relação às suas atividades online.
Para isso, a empresa precisa oferecer treinamentos regulares que os mantenham atualizados sobre as táticas mais recentes utilizadas pelos cibercriminosos, de forma que eles consigam combater e identificar esses riscos com mais eficiência. Esse plano de treinamento deve incluir e reforçar a necessidade de atentar-se até aos menores sinais no ambiente digital, considerando que boa parte das ameaças digitais são favorecidas por um comportamento inadequado dos usuários.
Incentive a utilização de VPN para conexões remotas e enfatize a importância de evitar links e anexos suspeitos. Essas estratégias simples, por si só, reduzem significativamente a exposição da empresa a ataques cibernéticos.
Checklist de segurança digital para as férias – Dicas rápidas e práticas
Para facilitar o processo de identificação de vulnerabilidades e preparo para as férias, compilamos um checklist simples e prático para ajudar a manter a segurança:
- Realize backups regulares e verifique a integridade dos dados;
- Atualize todos os sistemas e aplicativos antes das férias;
- Implemente autenticação multifatorial;
- Revise as permissões de acesso;
- Capacite os colaboradores sobre práticas de segurança e conscientização cibernética;
- Configure sistemas de monitoramento e resposta a incidentes.
Embora essas medidas pareçam simples, são estratégias que podem ajudar a empresa a se manter mais protegida durante esse período. Precisamos lembrar que os dados são os ativos mais valiosos das organizações, sendo necessário implementar medidas de segurança que ajudem a mantê-los protegidos.
Benefícios de uma abordagem proativa em segurança digital
A adoção de uma abordagem proativa em segurança digital permite que as empresas estejam sempre um passo à frente das ameaças digitais. Investir em ferramentas e práticas preventivas reduz significativamente os riscos de ataque, minimizando as interrupções operacionais que poderiam impactar negativamente o seu negócio.
Redução de prejuízos financeiros
A redução de prejuízos financeiros é um dos principais benefícios da adoção de práticas robustas de segurança digital. As empresas que investem em ferramentas preventivas como firewalls, backups regulares e sistemas de monitoramento conseguem minimizar o impacto dos ataques cibernéticos, inclusive os bem-sucedidos. Sabemos que um ataque pode levar a prejuízos milionários, incluindo custos com recuperação de dados, perda de clientes e interrupção das operações.
Essa postura proativa evita custos inesperados relacionados à recuperação de dados ou ao pagamento de resgates em caso de ransomware, além de preservar a integridade das informações. Sabemos que esse tipo de abordagem ajuda a evitar custos com resgates, e impedir a incidência de ransomware protege a empresa de impactos financeiros.
A abordagem proativa também ajuda a reduzir os prejuízos financeiros causados pelos ataques cibernéticos. Além de evitar multas e sanções por descumprimento das legislações de proteção de dados, como a LGPD, ela também possibilita soluções de emergência e recuperação de dados.
Aumento da confiança de clientes e parceiros
Outro benefício muito importante é o fortalecimento da reputação da empresa no mercado. Clientes e parceiros comerciais valorizam as organizações que demonstram comprometimento com a segurança digital, pois isso reflete responsabilidade e transparência no trato dos dados. Empresas que sofrem violações de dados frequentemente perdem a confiança dos seus clientes, algo que pode ser evitado com medidas simples de proteção.
A proatividade em segurança também contribui para a melhoria da eficiência operacional. Sistemas bem protegidos e monitorados apresentam menos falhas e interrupções, permitindo que os colaboradores mantenham o foco nas atividades principais. O treinamento regular, por sua vez, permite a criação de um ambiente corporativo mais consciente e resiliente, reduzindo a possibilidade de erros humanos que poderiam comprometer os sistemas.
Não deixe a segurança digital de lado nas férias
Embora as férias representem o momento de descanso e descontração para muitos, também são um período crítico para a segurança digital das corporações. A redução das equipes, o aumento do uso de dispositivos pessoais e o crescimento das transações online criam um cenário propício para a exploração de vulnerabilidades pelos cibercriminosos. Ignorar a necessidade de proteção dos sistemas corporativos durante esse período pode resultar em ataques devastadores, que impactam tanto suas operações quanto a reputação da empresa.
A adoção de uma postura proativa é fundamental para garantir a segurança digital mesmo em momentos de menor vigilância. Medidas como implementação de backups regulares, autenticação multifatorial e capacitação da equipe são apenas alguns exemplos de ações que podem identificar os riscos e mitigá-los.
Portanto, não negligencie a segurança digital da sua empresa, especialmente durante as férias. Proteger-se contra ataques cibernéticos é mais que uma questão técnica; é uma responsabilidade estratégica que pode fazer toda a diferença no posicionamento da sua empresa. As empresas que investem em segurança protegem dados, conquistam a confiança dos seus clientes e parceiros, construindo um futuro sólido e seguro.