Você sabia que acreditar em certos mitos sobre segurança digital pode custar caro para sua empresa? Descubra quais são e proteja-se antes que seja tarde demais!
A segurança digital é fundamental para empresas de todos os tamanhos. No entanto, muitos negócios subestimam os riscos cibernéticos, acreditando em mitos que colocam dados e operações em perigo. Com ataques cada vez mais sofisticados, adotar medidas eficazes de proteção se torna essencial.
Mesmo com investimentos em segurança básica, muitas empresas se sentem excessivamente seguras. O problema é que hackers exploram qualquer brecha, e confiar em práticas antigas pode ser desastroso.
Ataques cibernéticos dispararam nos últimos anos, atingindo organizações de todos os portes. Segundo dados da Check Point Research, globalmente houve um aumento de 30% nos ataques cibernéticos no segundo trimestre de 2024 em comparação com o mesmo período de 2023, atingindo uma média de 1.636 ataques por organização por semana
Neste artigo, vamos esclarecer 07 mitos sobre segurança digital que expõem sua empresa a riscos. Também apresentaremos estratégias para fortalecer sua proteção e evitar prejuízos financeiros e perda de dados.
Mito 1: “Minha empresa é pequena, ninguém vai querer atacar”
Pequenos empresários acreditam que hackers só atacam grandes corporações, mas não é verdade. Segundo o relatório da Verizon, pequenas empresas enfrentam 47% dos ataques, enquanto grandes organizações registram 55%. Isso prova que o tamanho da empresa não importa para os cibercriminosos.
PMEs são quatro vezes mais atingidas por ataques cibernéticos do que grandes empresas, devido à falta de camadas de proteção. Isso as torna vulneráveis a sequestro de dados, fraudes e vazamento de informações.
Hackers utilizam bots para explorar vulnerabilidades, independentemente do tamanho da empresa. Pequenos negócios, sem um time de TI dedicado, ficam ainda mais expostos a ataques automatizados.
Além disso, a engenharia social é uma ameaça constante. E-mails falsos e ligações fraudulentas enganam funcionários para roubar informações confidenciais. Sem treinamentos regulares de segurança, o risco aumenta consideravelmente.
Pequenas empresas são alvos fáceis para hackers
Hackers sabem que pequenas empresas costumam investir menos em segurança digital. Senhas fracas, falta de atualizações e ausência de firewalls tornam-nas alvos fáceis para ransomware e phishing.
A ausência de um plano de segurança pode ter consequências graves. O tempo médio para identificar e conter violações caiu para 258 dias em 2024, o menor em sete anos, mas ainda suficiente para dados sigilosos serem vendidos na dark web, comprometendo clientes e parceiros.

Pequenas empresas acham que ataques são aleatórios, mas hackers agem de forma estratégica. Credenciais vazadas em grandes incidentes são frequentemente usadas. Sem autenticação em dois fatores, um simples vazamento pode levar à invasão total dos sistemas.
Exemplos de ataques a pequenos negócios
Pequenas empresas frequentemente enfrentam sequestros de dados e fraudes financeiras. Em 2021, a Atento foi alvo de um ataque cibernético. Como sua rede estava conectada aos sistemas de bancos dos clientes, os invasores tentaram acessar essas instituições. Embora a maioria dos bancos tenha conseguido bloquear a tentativa, a empresa teve um prejuízo de R$ 240 milhões, segundo a Infomoney.
Ransomware é um dos maiores riscos para pequenos negócios. Hackers sequestram dados e exigem resgate, mas muitas empresas pagam e não recuperam as informações. Em 2024, o Brasil foi o 9º país mais afetado, com 128 empresas vítimas e um custo médio superior a R$ 7 milhões, de acordo com relatório anual da ISH.

Outro caso comum envolve golpes de phishing, onde e-mails fraudulentos levam funcionários a clicar em links maliciosos, dando acesso à rede da empresa. Em 2024, phishing foi responsável por 15% dos ataques, mas teve o maior custo, chegando a US$ 4,88 milhões, conforme o relatório Cost of a Data Breach, da IBM.
Como se proteger?
Para reduzir os riscos, é essencial implementar medidas como firewalls, filtragem de DNS e autenticação em dois fatores. Além disso, capacitar os colaboradores para reconhecer ameaças pode evitar ataques antes mesmo que ocorram.
Manter sistemas atualizados e realizar backups frequentes são ações fundamentais. Empresas que adotam backups offline conseguem recuperar dados sem precisar pagar resgates a criminosos. Além disso, é essencial restringir acessos a informações sensíveis apenas a funcionários autorizados.
Por fim, investir em soluções de segurança digital que ofereçam proteção em tempo real pode evitar ataques antes que eles aconteçam. A combinação de firewall, filtragem de DNS e monitoramento de atividades suspeitas cria uma barreira sólida contra ameaças virtuais.
Mito 2: “Antivírus é suficiente para garantir a segurança”
Antivírus é importante, mas não suficiente contra ameaças modernas como phishing e malwares sofisticados. Muitos ataques contornam essas proteções básicas. Segundo o Relatório de Violação de Dados da Verizon (2023), 74% das violações envolveram fatores humanos, como erros, engenharia social e credenciais roubadas.
Apenas usar antivírus expõe a empresa a invasões avançadas, como engenharia social e exploração de vulnerabilidades desconhecidas. Muitos ataques passam despercebidos até causarem grandes danos.
Ameaças digitais evoluem rapidamente, tornando assinaturas de antivírus desatualizadas. Confiar apenas nessa solução aumenta o risco de ataques por malwares recém-desenvolvidos. É essencial adotar um modelo de segurança em camadas para maior resiliência digital.
Medidas adicionais para proteção digital
A segurança digital deve incluir diversas estratégias complementares para garantir uma defesa robusta.
Firewall
O firewall atua como uma barreira entre a rede interna da empresa e o tráfego externo, bloqueando acessos não autorizados. Ele é essencial para impedir invasões e tentativas de exploração de vulnerabilidades.
Filtros de DNS
Os filtros de DNS bloqueiam o acesso a sites maliciosos, impedindo que colaboradores cliquem acidentalmente em links fraudulentos. Essa tecnologia ajuda a evitar ataques de phishing e disseminação de malwares.
Autenticação em dois fatores (MFA)
O uso da autenticação em dois fatores (MFA) adiciona uma camada extra de segurança ao exigir um segundo fator de verificação além da senha. Isso dificulta o acesso de hackers mesmo que consigam roubar credenciais de login.
Mito 3: “Senhas complexas são seguras o suficiente”
Embora senhas complexas sejam uma boa medida de segurança, elas não são infalíveis por si só. Estudos indicam que 81% das violações de dados são causadas por senhas fracas ou comprometidas, o que revela que uma senha forte, embora importante, não é garantia de proteção total.
Além disso, a reutilização de senhas em diferentes plataformas cria um risco significativo. Se uma senha for exposta em uma violação de dados, todas as outras contas que utilizam a mesma senha ficam vulneráveis a ataques. Por isso, adotar boas práticas como o uso de um gerenciador de senhas pode ajudar a manter senhas únicas e complexas para cada serviço sem a necessidade de memorizá-las.
Além disso, a ativação da autenticação em dois fatores (2FA) adiciona uma camada extra de segurança, exigindo um segundo método de verificação além da senha. Isso reduz significativamente o risco de acesso não autorizado, mesmo que alguém descubra a senha.
É igualmente importante revisar e mudar senhas periodicamente, especialmente após qualquer incidente de segurança, para garantir que contas comprometidas sejam protegidas rapidamente.
O perigo das senhas reutilizadas
O uso de senhas reutilizadas é uma prática perigosa, pois amplia o impacto de qualquer violação de dados. Quando uma senha é exposta em um serviço, ela pode ser utilizada por hackers para tentar acessar outras contas que utilizam a mesma senha, facilitando ataques em cadeia.
Um exemplo disso é o uso de credenciais vazadas para realizar ataques de “credential stuffing”, onde os hackers testam essas combinações em diversos sites e plataformas. O impacto de uma única senha comprometida se multiplica, comprometendo dados pessoais e corporativos. Portanto, nunca reutilizar senhas em diferentes sites e serviços é uma das formas mais eficazes de prevenir a exploração de vulnerabilidades.
Boa práticas para senhas seguras
Para garantir a segurança das senhas, é importante seguir algumas boas práticas. Em primeiro lugar, cada serviço deve ter uma senha única, composta por uma combinação de letras maiúsculas, minúsculas, números e caracteres especiais, garantindo complexidade.
- Utilize um gerenciador de senhas – A utilização de um gerenciador de senhas facilita o processo, permitindo criar e armazenar senhas fortes e únicas sem a necessidade de memorizá-las.
- Ative a autenticação em dois fatores (2FA) – Além disso, a ativação da autenticação em dois fatores (2FA) deve ser uma prioridade, pois ela requer uma segunda forma de verificação, como um código enviado para o celular, tornando mais difícil para os atacantes acessarem a conta.
- Mude senhas periodicamente, principalmente após vazamentos – Por fim, mudar as senhas periodicamente, especialmente após vazamentos de dados, minimiza o risco de exposição a longo prazo.
Mito 4: “A segurança digital é responsabilidade apenas do setor de TI”
A segurança digital é um esforço coletivo e não pode ser delegada exclusivamente ao setor de TI. O fato é que os ataques cibernéticos muitas vezes acontecem devido a erros humanos, e a conscientização de todos os funcionários é importante para minimizar esses riscos.
De acordo com o relatório da IBM, 22% das violações de dados são causadas por falhas humanas, como o clique em links maliciosos ou a abertura de anexos infectados. Portanto, todos na organização têm um papel a desempenhar na proteção de dados e sistemas, não apenas os profissionais de TI.
A colaboração entre diferentes setores, juntamente com práticas de segurança bem estabelecidas, é fundamental para criar uma cultura de segurança robusta dentro da empresa.
Segurança digital começa com cada funcionário
Cada funcionário é uma linha de defesa importante contra ataques cibernéticos. Não adianta ter sistemas de segurança avançados se os colaboradores não estiverem conscientes dos riscos e das melhores práticas.
A segurança começa com atitudes simples, como verificar a autenticidade de e-mails recebidos, evitar o uso de senhas fracas e não acessar dados sensíveis em redes públicas.
Todos os membros da equipe devem agir como “primeiros respondentes” em questões de segurança, preparando-se para identificar e mitigar ameaças antes que se tornem problemas maiores.
Como envolver toda a equipe na segurança digital?
Envolver toda a equipe na segurança digital exige treinamento contínuo e políticas claras sobre o uso de dispositivos e redes.
Treinamentos frequentes
Os treinamentos frequentes devem abordar tópicos como a identificação de phishing, as melhores práticas para criar senhas e o uso seguro de plataformas digitais.

Políticas internas claras sobre uso de dispositivos e redes
Além disso, políticas internas claras, como restrições sobre o uso de dispositivos pessoais no ambiente de trabalho e a proibição de acesso a sites não autorizados, devem ser implementadas para garantir que todos sigam procedimentos seguros.
Comunicação aberta para reportar incidentes rapidamente
Manter uma comunicação aberta e incentivar a equipe a reportar rapidamente qualquer incidente ou comportamento suspeito é essencial para agir rapidamente e prevenir danos.
Mito 5: “Backups não são tão importantes assim”
Backups são essenciais para a recuperação de dados em caso de falhas catastróficas, como ataques de ransomware, falhas no hardware ou até desastres naturais. Sem backups adequados, as empresas podem enfrentar danos irreparáveis, incluindo perda de informações críticas e interrupção dos negócios.
O relatório da NetApp revelou que 20% das empresas que perderam dados devido a ataques cibernéticos nunca se recuperaram completamente. Portanto, garantir que a equipe faça backups regularmente e de forma segura é uma das melhores formas de proteger a integridade de dados e manter a continuidade dos negócios.
A importância do backup na recuperação de dados
Backups não são apenas uma “precaução extra”, mas sim uma necessidade crítica para qualquer organização. Em cenários de ataque de ransomware, por exemplo, a única forma de recuperação segura pode ser através de cópias de segurança, que evitam o pagamento de resgates e protegem contra a perda total de dados.
A criação de backups não deve ser feita de maneira superficial; é preciso garantir que todos os dados importantes, como informações de clientes e registros financeiros, estejam inclusos. Além disso, a segurança desses backups deve ser garantida com criptografia, para que dados sensíveis não sejam expostos em caso de acesso indevido.
Como fazer um backup seguro?
Para um backup seguro, é importante ter uma estratégia que combine backups locais e na nuvem.
- Backup na nuvem e local – O backup na nuvem oferece vantagens como acessibilidade e proteção contra desastres locais, enquanto o backup local pode servir como uma cópia extra em caso de falhas na rede.
- Atualização periódica dos backups – Além disso, os backups devem ser atualizados periodicamente para garantir que as versões mais recentes dos dados estejam protegidas.
- Teste de restauração – Você deve realizar testes de restauração dos backups regularmente para garantir que eles funcionem corretamente e possa acessar rapidamente em caso de necessidade.
Mito 6: “Se eu usar VPN, estou 100% seguro”
Embora as VPNs (Redes Privadas Virtuais) sejam ferramentas valiosas para proteger a privacidade online, elas não oferecem uma solução completa para a segurança digital. A VPN criptografa sua conexão de internet e esconde sua localização, o que ajuda a acessar conteúdo restrito ou proteger dados em redes públicas.
No entanto, ela não é uma barreira contra ameaças cibernéticas, como phishing, malware ou engenharia social. Isso ocorre porque, embora a VPN possa ocultar sua identidade e localização, ela não impede que links falsos o enganem ou que você baixe arquivos maliciosos. Além disso, muitas VPNs gratuitas não oferecem a proteção de dados robusta necessária para combater ameaças mais sofisticadas.
VPNs e seus limites na segurança digital
As VPNs são eficazes para criptografar dados e proteger sua privacidade em redes não seguras, como Wi-Fi público. No entanto, elas não bloqueiam sites maliciosos, nem protegem contra vírus ou ransomware.
A VPN também não oferece uma defesa eficaz contra ataques de engenharia social, nos quais o hacker manipula a vítima para divulgar informações sensíveis. Portanto, a VPN é uma parte importante da segurança online, mas não deve ser vista como uma solução completa. Para uma proteção mais robusta, é necessário que outras medidas de segurança sejam implementadas.
O que mais é necessário além da VPN?
Além de utilizar uma VPN, é essencial adotar outras práticas de segurança digital, como o uso de firewalls, antivírus e sistemas de proteção contra malware. A implementação de um firewall de DNS, por exemplo, pode bloquear sites maliciosos antes mesmo de serem acessados, oferecendo uma camada adicional de defesa.
Além disso, é fundamental ter um sistema de monitoramento e alerta em tempo real para detectar qualquer atividade suspeita. A combinação de ferramentas de proteção, como a autenticação multifatorial (MFA) e uma política de atualizações regulares de software, fortalece a defesa contra uma variedade de ameaças cibernéticas.
Dessa forma, torna-se mais abrangente a segurança digital e minimizam-se as vulnerabilidades.
Mito 7: “Meu e-mail corporativo é seguro, pois está na nuvem”
Muitas empresas acreditam que seus e-mails corporativos estão completamente protegidos simplesmente por estarem hospedados na nuvem, mas isso é um equívoco.
Embora Google e Microsoft invistam pesadamente em segurança para proteger seus dados nos serviços de nuvem, os usuários também desempenham um papel importante na segurança do e-mail corporativo ao gerenciá-lo adequadamente.
O risco de ataques de phishing, por exemplo, ainda é uma das maiores ameaças para as empresas, independentemente de onde o e-mail esteja hospedado.
A Check Point relata que atualmente mais de 90% dos ataques a empresas no mundo têm origem em e-mails maliciosos. Portanto, confiar apenas na segurança do serviço de nuvem não é suficiente para proteger seu e-mail corporativo.
O perigo do phishing e do vazamento de credenciais
O phishing continua ameaçando a segurança de e-mails corporativos, especialmente quando hackers direcionam ataques a empresas. Os hackers frequentemente usam e-mails falsos para se passar por colegas de trabalho ou fornecedores, solicitando informações confidenciais, como credenciais de acesso ou dados financeiros.
Além disso, os vazamentos de credenciais podem ocorrer em uma série de formas, seja através de sites comprometidos ou da reutilização de senhas em vários serviços. De acordo com o relatório de segurança da Verizon, cerca de 80% dos ataques de phishing têm como alvo e-mails corporativos, sendo uma porta de entrada para invasões de redes corporativas.
Portanto, mesmo com o e-mail esteja na nuvem, é fundamental que você implemente medidas adicionais para evitar esses ataques.
Como proteger seu e-mail corporativo?
Para garantir a proteção do seu e-mail corporativo, é essencial adotar boas práticas de segurança, como a implementação de autenticação multifatorial (MFA). A MFA adiciona uma camada extra de segurança, exigindo que os usuários forneçam uma segunda forma de verificação, como um código de acesso enviado para o celular.
Além disso, treinamentos regulares sobre como identificar e-mails de phishing e outras ameaças são essenciais para reduzir o risco de ataque. Ferramentas de detecção de phishing, como filtros de e-mails maliciosos e monitoramento de links suspeitos, também ajudam a proteger os colaboradores de abrir mensagens perigosas.
Manter as credenciais de acesso seguras e nunca reutilizá-las entre diferentes serviços é outro passo fundamental na proteção do e-mail corporativo.
Conclusão: Proteja sua empresa eliminando esses mitos
Ao desmistificar as crenças comuns sobre segurança digital, fica claro que a proteção online requer mais do que medidas básicas, como o uso de VPNs ou confiar apenas na nuvem. A verdadeira segurança digital exige uma abordagem multifacetada, que envolva tanto tecnologias robustas quanto práticas educacionais.
Além disso, a colaboração de toda a equipe é essencial para identificar riscos e responder rapidamente a incidentes. A implementação de ferramentas complementares, como firewalls, autenticação multifatorial e treinamento contínuo sobre phishing, é importante para reduzir as vulnerabilidades.
Ao adotar uma estratégia proativa e abrangente de segurança, sua empresa pode reduzir significativamente os riscos de ataques cibernéticos e garantir a proteção de dados sensíveis contra ameaças crescentes.